terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Crítica do dia!

8213: GACY HOUSE (Idem, 2010, EUA).
Direção: Gregg Champion.
Com: Jim Lewis, Matthew Temple, Michael Gaglio, Brett A.Newton, Diana Terranova, Sylvia Panacione, Rachel Riley. 85 min.
   Entre várias atribuições de destaque, JOHN WAYNE GACY era capitão-comandante da defesa civil do estado de Illinois e tesoureiro do Partido Democrata - sem contar que, nas horas vagas, prestava serviços beneficentes: fantasiava-se de palhaço e proporcionava divertimento às crianças internadas nos hospitais de Chicago. Eis que, desconfiada do envolvimento de Gacy no desaparecimento de alguns jovens, a polícia local resolve investigar a sua residência. Resultado: dezenas de corpos encontrados - vários deles ainda em estado de putrefação, pois eram 'conservados' com cal. O aparente cidadão exemplar tornava-se, assim, um dos maiores serial killers da história dos EUA. Condenado à pena de morte, 'O palhaço assassino' foi executado em maio de 1994.
   Em 8213: GACY HOUSE, estudiosos de fenômenos paranormais resolvem pernoitar na antiga casa do bárbaro assassino - uma genial idéia para uma produção de terror (para os estudiosos, nem tanto). Infelizmente, o modo de condução de GACY HOUSE não compartilha da mesma verve da semente que o originou: o filme apresenta-se tal qual A BRUXA DE BLAIR (o marketing é, inclusive, semelhante), isto é, o que vemos é uma compilação de filmagens (supostamente reais) feitas pelas câmeras do grupo de pesquisas; mais: a edição das fitas é feita pela polícia, já que nenhum dos integrantes da expedição sobrenatural é encontrado vivo na manhã seguinte - isto não é spoiler.
   Apesar de inferior a outras produções do gênero - e que adotam estrutura narrativa análoga, tais como: ATIVIDADE PARANORMAL e O ÚLTIMO EXORCISMO -, GACY HOUSE tem bons momentos: a cena em que o EVP (Electronic Voice Phenomenon) 'Kiss my ass!' é captado, por exemplo, provoca alguns calafrios; os diabólicos ruídos, nas sequências finais, também causam um certo incômodo. Porém, qualquer tentativa de fazer com que o espectador creia na veracidade do que está sendo mostrado é frustrada pela inverossimilhança de cenas que se contrapõem àquelas mencionadas acima; são algumas delas: o casal que resolve 'dar uma rapidinha' no quarto mal-assombrado, a médium - que mais parece uma atriz pornô - sendo desnudada pelo espírito maligno e o ectoplasma encontrado num abajur - que, segundo maldosos comentários virtuais, seria sêmen do além...
   Ainda assim, se você está sozinho em casa e quiser assustar-se um pouco, GACY HOUSE vale uma conferida.
   Em tempo: 'Kiss my ass!' (de acordo com um amigo que morou nos EUA, a tradução seria: 'Vá tomar no ..') foram as últimas palavras proferidas por Gacy, antes de sua execução.

Um comentário:

  1. Isaac, não conhecia este filme e fiquei curioso. A história de John Wayne Gacy já foi retratada em diversos documentários sobre serial killers, mas não me lembro de outra adaptação para o cinema.

    Valeu pela visita ao blog, estou linkando seu endereço lá.

    Abraço

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