sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Crítica do dia!


PRESENÇA DO MAL (La Habitación del Niño, ESPANHA, 2006).
Direção: Álex de la Iglesia.
Com: Javier Gutiérrez, Leonor Watling, Sancho Gracia. 77min.
   As recentes incursões do cinema hispânico no Horror têm rendido bons frutos: o excelente REC (2008), por exemplo, da dupla de diretores Jaume Balagueró e Paco Plaza, garantiu um remake americano (chamado QUARENTENA) e a sequência REC 2 - POSSUÍDOS. Este PRESENÇA DO MAL, contudo, vai na contramão da qualidade apresentada por algumas das atuais produções de terror espanholas.
   Primeiro dos seis filmes integrantes do projeto PELÍCULAS PARA NO DORMIR (do qual, inclusive, Balagueró e Plaza participaram), PRESENÇA DO MAL, ironicamente, funciona, em grande parte, como um eficiente sonífero. E nem mesmo a charmosa Leonor Watling e a boa atuação de Javier Gutiérrez - cujo personagem nos remete a Jack Torrance (Nicholson) de O ILUMINADO - conseguem nos livrar da sonolência.
   Ao mudar-se para um casarão, o casal formado pelos atores supracitados passa a vivenciar uma série de acontecimentos (supostamente) sobrenaturais. O mote, obviamente, é clichê - as explicações para as bizarrices, no entanto, não são: a interessantíssima TEORIA DAS CORDAS, criada pelo físico norte-americano Michio Kaku, dá (aparentemente) credibilidade à trama. O problema é que, de acordo com a teoria, o choque entre as dimensões paralelas previstas pela mesma provocaria uma colossal explosão (de proporções análogas ao BIG BANG que - teoricamente - originou o nosso universo), algo que implicaria num absurdo desfecho para este filme.
   Desastres quânticos à parte, ainda assim, o epílogo de PRESENÇA DO MAL é medonho; mas, não se desespere: a esta altura do campeonato, provavelmente, você estará dormindo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário