quinta-feira, 19 de maio de 2011

Crítica do dia!

PROWL (EUA, 2010).
Direção: Patrik Syversen.
Com: Courtney Hope, Ruta Gedmintas, Joshua Bowman, Jamie Blackley, Perdita Weeks, Bruce Payne, Saxon Trainor. 81min.
   Em meados de 2006, surge, para o delírio dos fãs do cinema fantástico (como eu, por exemplo), a produtora americana AFTER DARK FILMS. Co-fundada pelo cineasta Courtney Solomon, a empresa realizaria, naquele mesmo ano, o seu primeiro empreendimento: trazendo no elenco nomes de peso (como Sissy Spacek e Donald Sutherland), An american haunting - no Brasil, 'Maldição' - trouxe notoriedade (e dinheiro, claro) ao recém-criado estúdio. O sucesso foi tanto que Solomon e seus parceiros idealizaram um projeto bem mais interessante: o 'After Dark Horrorfest - 8 films to die for' teve sua primeira edição em 2007 e, desde então, a cada ano, oito filmes independentes de terror bancados pela produtora marcam presença em cerca de 500 salas de cinema ianques.
   Neste ano de 2011, porém, o estúdio resolveu inovar novamente: com 'After Dark Originals', oito filmes com roteiros inteiramente idealizados pela casa seriam produzidos e distribuídos em parceria com a LIONSGATE. PROWL é um destes. A trama gira em torno de Amber (Courtney Hope), uma garota infeliz em sua pequena cidade interiorana. Com a ajuda de amigos, a moça parte rumo à cidade de Chicago, onde comprará um apartamento. Eis que, no caminho, o transporte do grupo sofre uma pane. Resultado: a moçada decide pegar carona no caminhão do (aparentemente) inofensivo Bernard (Bruce Payne - sim, o vilão de PASSAGEIRO 57). Bom, o que eles não sabem é que servirão de alimento para criaturas vampirescas.
   Num primeiro momento, a estrutura narrativa de PROWL é semelhante à de O ALBERGUE: os personagens, suas motivações e angústias, são apresentados com uma certa prolixidade; num segundo momento, a diferença em relação ao filme de Eli Roth é que, aqui, as soluções não são tão simples ou apressadas. Algo que, à primeira vista, pode parecer medonho, terá, no instante oportuno, a devida explicação. Plausível (e bacana), diga-se de passagem.
   Em PROWL, uma vez iniciada a tensão, não há mais serenidade. O problema é que o suspense atinge um ápice para, em seguida, decair continuamente. O declínio supramencionado deve-se, em grande parte, à excessiva utilização de handcams nas sequências adrenalinescas: a visualização do que está ocorrendo fica bastante prejudicada - BATMAN BEGINS, por exemplo, sofre de mal semelhante.
   Contudo, PROWL tem vários pontos positivos a seu favor: a presença de Saxon Trainor, como Veronica, é um deles. Há, também, em PROWL, uma mini-mitologia que, uma vez explorada (com a filmagem de sequências, por exemplo), pode render bons frutos. E, amigos, acreditem: antes PROWL 2 do que ANJOS DA NOITE 4.




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