quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Crítica do dia!

PARQUE DO DIABO (Devil´s Playground, Inglaterra, 2010).
Direção: Mark McQueen.
Com: Craig Fairbrass, Craig Conway, MyAnna Buring, Lisa McAllister, Danny Dyer, Jaime Murray. 93 min.
   George Romero é, digamos, 'o pai dos filmes de mortos-vivos'. Sob sua batuta, a temática zumbi ganhou, entre outras coisas, um interessante poder metafórico: em algumas de suas produções, por exemplo, o cultuado cineasta criticava, através de sutis alegorias, o supérfluo consumismo americano. Com o sucesso das fitas de Romero, os mortos-vivos tornaram-se uma constante no cinema de Horror, e, atualmente, as grotescas criaturas estão presentes nos diversos tipos de mídia: das HQS à TV - o bom seriado THE WALKING DEAD, por exemplo, é adaptado da graphic novel de Robert Kirkman.
   De um modo geral, pode-se dizer que os zumbis têm um aspecto comum: a locomoção em banho-maria. Atualmente, no entanto, algumas produções optaram por subverter o gênero e resolveram dar um pouco de mais de vitalidade aos 'comedores de cérebros'. Em algumas situações, funcionou muito bem: é o caso, por exemplo, da bacaníssima cena de ZUMBILÂNDIA na qual um gordinho foge desesperadamente de um morto-vivo.
   Embora neste PARQUE DO DIABO as aberrações não sejam zumbis (tecnicamente falando), a revolução chegou ao extremo: algumas das criaturas são verdadeiros ninjas. E, pra um filme que se leva a sério (até demais, diga-se de passagem), mortos-vivos experts em PARKOUR não caem bem. Em tempo: o Parkour é uma modalidade de atividade física que exige do praticante habilidade e destreza descomunais - digite 'Parkour' no You Tube, veja alguns vídeos e entenderá.
   PARQUE DO DIABO desenvolve-se segundo a óbvia premissa do medicamento que produz em seus usuários graves efeitos colaterais; apenas um, dentre os 30000 integrantes do programa de testes do RAK-295, não exibe os sintomas. Daí, a empresa idealizadora do tal remédio designa seu chefe de segurança para a seguinte missão: encontrar o usuário imune.
   Insistindo em lançar dramaticidade sobre os seus personagens, PARQUE DO DIABO acaba apelando para enfadonhas sequências sentimentalóides (a discussão no carro sobre um acidente envolvendo um ex-policial e um adolescente, por exemplo). Mas, pra falar a verdade, o filme todo é maçante. Não há sequer uma cena digna de nota. Portanto, não assista. Nem mesmo se você não tiver outra opção. Aliás, uma boa opção é ver os vídeos de Parkour no You Tube...

Um comentário:

  1. adorei a crítica! parabens.. você escreve muito bem e dá a sua opinião de forma coesa. É sempre bom estar atualizado do mundo do cinema e saber o que vale a pena ver e o que não vale. Valeu pelas dicas! Muito bom o seu blog.

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